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Parabéns Conselho Tutelar!

27/01/2011
Menina do CE explorada em VG volta para família

Menor de 14 anos que vivia com casal e sofria abuso de membro da família vai embora



Delegada responsável pela prisão dos abusadores disse que menina era aprisionada e submetida a trabalho forçado
RENÊ DIÓZ
Da Reportagem

A adolescente R., de 14 anos, que desde novembro de 2008 até abril do ano passado foi mantida em cárcere privado e sofrendo abusos sexuais numa casa em Várzea Grande, finalmente se reencontrou com sua família na cidade cearense de Reriutaba, a 309 quilômetros de Fortaleza. O reencontro emocionado aconteceu no último dia 21 e foi amplamente divulgado pela mídia local. A menina seguirá com acompanhamento psicológico pelo Conselho Tutelar em sua cidade.

A história assombrosa da garota veio à tona em abril do ano passado por conta da investigação do Conselho Tutelar e da Polícia Civil de Várzea Grande. Ela era mantida numa casa do bairro Parque Mangabeira por Alexandre Santos, 30, e seus pais, Antonio Cícero da Silva, 59, e Rita dos Santos, 64. Da parte de Alexandre, R. sofria frequentes abusos sexuais. Já por parte dos pais dele, a garota era obrigada a realizar serviços domésticos e nunca saía de casa.

A situação estranha chamou a atenção de vizinhos, que denunciaram o caso ao Conselho Tutelar. Quando os conselheiros foram apurar a situação, Alexandre e seus pais mostraram-se nervosos e entraram em contradição. Os conselheiros entraram na casa e encontraram R. escondida num armário de cozinha. A menina, então ficou sob os cuidados do Conselho Tutelar de Várzea Grande enquanto a polícia avançava nas investigações. Pais e filho foram presos, mas, de acordo com a delegada que investigou o caso, Juliana Palhares, o casal foi solto e Alexandre, que abusava sexualmente da menina, continua preso.

Conforme as investigações, R. foi trazida por eles de Reriutaba. Eles eram vizinhos dela na cidade e estavam de mudança para Mato Grosso.

Na época das investigações, houve o boato de que R. fora trocada por sua família (a mãe, viúva, e oito irmãos) em troca de um terreno e R$ 700, o que se desmentiu. Na verdade, R. já tinha convivência com a família vizinha e ajudava dentro de casa. Quando eles anunciaram a mudança, a mãe da adolescente deixou-a vir, na intenção de que escapasse da miséria e estudasse, mas sem dinheiro envolvido. O que a família da menina não esperava era que, em Mato Grosso, R., com apenas 11 anos, seria abusada sexualmente e trancada em casa, sem poder ir sequer à escola, trabalhando forçadamente e sofrendo todo tipo de traumas. O Ministério Público e o Conselho Tutelar do Ceará apontaram que a família da jovem foi tão vítima quanto ela.

“Não houve ou pelo menos não se conseguiu provar que houve venda. A família que levou R. se aproveitou da boa-fé da mãe dela”, afirmou uma representante jurídica da rede Aquarela, um abrigo para crianças e adolescentes vítimas de violência sexual em Fortaleza, onde R. ficou por alguns meses após os cuidados do Conselho Tutelar de Várzea Grande. Depois, a Justiça determinou a volta de R. à família, um reencontro emocionante, segundo jornais locais, especialmente pelo fato de que a mãe da garota, a dona-de-casa Antônia Xavier de Souza, 48, sofrera muito até então com a acusação infundada da venda.

 
 
Fonte: Diário de Cuiabá
 
 
 
 
 
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